Paula Toller e a volta de Kid Abelha

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Paula Toller comanda a volta do Kid Abelha e diz que fama de temperamental é elogio
Por João Nunes, de Curitiba
Paula Toller, 48 anos, chega cedo para a passagem de som do primeiro show de “Glitter de Principiante”, a turnê de reencontro do Kid Abelha, no Teatro Guaíra. Três anos depois de se dedicarem a carreiras solos, os integrantes do grupo (além dela, o saxofonista George Israel e o guitarrista Bruno Fortunato) se juntaram para um roteiro de apresentações e a gravação de um DVD que celebrará, no ano que vem, os 30 anos de carreira da banda.
***No próximo sábado, dia 07 de maio, eles tocam no Credicard Hall, em São Paulo. No dia 14, no Citibank Hall do Rio de Janeiro.
***Aqui em Curitiba, a ansiedade era grande. “Estou a três dias sem dormir”-disse Mauro Benzaquem, empresário da banda. “A Paula também. É a capitã da nave. Não quer conversa até ver que tem o show”, afimava à repórter Thais Bilenky.
***O cenário encomendado não ficou pronto a tempo e a equipe teve que improvisar: instalou um painel de LED onde eram exibidas figuras de elefantes, letras de músicas e imagens do show. Israel e Fortunato se mantinham relaxados. Já Paula gesticulava, inspecionava a mesa do som, conversava com os músicos e dava ordens à equipe.

***A produtora Catia Dartora diz às assessorias de imprensa que Paula só queria fotos “descontraídas fake”, aparentando espontaneidade, mas ensaiadas. Ficam todas tensas. Nem isso acontece. A cantora se tranca em seu camarim quase duas horas antes do show. O gitarista afirma que ele e o saxofonista cuidam “mais da parte instrumental”. “A Paula quis ficar à frente do conceito. Estamos deixando ela à vontade”.
*** Nos três anos em que tocou sua carreira solo, Paula descobriu que estava com diabetes. Em 2009, foi ao dermatologista e, por acaso, diagnosticou a doença. “Estava magra demais e o médico desconfiou. Foi um baque, mas agora já estou me adaptando, embora tenha que seguir uma rotina de alimentação e exercícios rígida, usar insulina”, conta.
***Pouco antes do show ela deixa o camarim, recebe elogios pelo visual, aos quais não responde. Um produtor aborda a cantora e diz que o Governador do Paraná está na platéia e quer visitá-la depois do show. “Qual é o nome dele?”, pergunta ela.
*** Com uivos de “gostosa!” o público recepciona Paula e o Kid Abelha. Ela segue sua performance. “Gosto que me admirem no palco, na TV. O Lui (Farias, marido da cantora) me dá o maior apoio. Fiquei muito mais bonita depois que me casei com ele”, diz. Evita poximidade maior com fãs. “Ela não gosta de flashes, nem que toquem nela. Dou logo um tabefe quando começam a abraçar”, diz um dos seus seguranças.
***No palco, Paula conta que a canção “Dizer Não É Dizer Sim” nasceu depois que seu psicanalista observar que suas letras começavam com negativas: “Não estou disposto…, “Nada sei…”. Para a coluna de Mônica Bergamo, Paula disse “que tinha muito problema com inspiração, era cheia de não me toques. Agora, se tenho que escrever, vou lá e escrevo.
***O espetáculo acaba. O Governador do Paraná, Beto Richa, está esperando pela cantora. Dá beijo nas bochechas de Paula. “Sou seu fã desde sempre”. Ela não responde. Ele pede para tirar uma foto mas a bateria da máquina acaba na hora errada. Fãs fazem fila na porta do teatro. Quarenta minutos depois a cantora abriu a porta de seu camarim, tirou uma foto coletiva com os fãs e foi embora. Paula tem fama de temperamental e exigente. “É um elogio”, rebate. “Eu me exijo muito, sofro, não durmo se tem algo errado, tenho o prazer de trabalhar com gente talentosa e que se compromete”. “eu não erro, você não erra, ok? Adorei. Parabéns ao Kid Abelha e a sensacional turnê “Glitter de Principiante”.

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