Turismo & Gastronomia: 2ª Edição do Morretes Chef inicia em agosto

0
1330

2ª Edição do Morretes Chef inicia em agosto com cinco finais de semana de programação gastronômica

e turística organizada para surpreender novos e antigos visitantes da cidade

Dos pratos do cardápio às atividades paralelas, o evento vai proporcionar novas experiências a todos que apreciam a boa mesa e têm curiosidade de entender mais sobre os ingredientes oriundos da Mata Atlântica

Cinco finais de semana para se nutrir de toda a exuberância da Mata Atlântica e da força do lugar e das pessoas que cultivam e produzem na região de Morretes (PR). Visando proporcionar uma experiência completa a quem visitar a cidade de 1º de agosto a 1º de setembro, que foi montada a programação da 2ª Edição do Morretes Chef que mescla gastronomia, turismo e cultura de forma a tornar única cada escolha de roteiro. São diferentes combinações possíveis entre as opções de cardápio criadas para o evento em 11 restaurantes da cidade e as expedições a lugares de produção de ingredientes da culinária local e que são feitos em um cenário de biodiversidade rara e repleto de tradições.

Essa ênfase em sair do lugar comum e valorizar a territorialidade levou os 10

chefs convidados a criar receitas únicas para a 2ª Edição, tendo como base ingredientes produzidos localmente – há cerca de dois meses o Morretes Convention e Visitors Bureau, realizador do evento, produziu uma caixa de alimentos com a ajuda de agricultores da região e que foi entregue para cada chef como fonte de inspiração para a criação das receitas, trazendo itens como banana da terra, maná-cubiu, ora-pro-nóbis e aipim. Além dos chefs convidados, o Morretes Chef também ampliou o desafio de preparar pratos utilizando alimentos locais para estudantes de Gastronomia da graduação e pós da UP (Universidade Positivo), que participaram do Concurso Gastronômico Morretes Chef. “São dez cardápios com entrada e prato principal de chefs renomados que fizeram essa troca de experiência com as equipes dos restaurantes participantes e mais o prato principal vencedor no concurso da UP, do chef Luiz Felipe Tomazelli, que será servido no Restaurante Nhundiaquara por outro valor, R$ 106, por atender de duas pessoas”, explica o organizador evento Marcus Andreoli. Os menus dos pratos individuais incluem entrada, prato principal e café espresso por R$ 53. Todos os pratos contaram com a curadoria de Celso Freire, até mesmo o prato vencedor do concurso, que foi uma “pescada (ou peixe da estação) com castanhas brasileiras, musseline caiçara, cebolas tostadas e creme de salsa”.  “Chamou atenção dos jurados o contraste de sabores que busquei trazer em um prato que representa a união da terra com o mar e valoriza a cultura caiçara. Cada garfada traz sabores diferentes, mas as pessoas identificam o que estão comendo, o maracujá na farofa, a pimenta e o gengibre e toda a suavidade da musseline caiçara que mistura banana da terra à mandioca”, descreve o chef Luiz Felipe Tomazelli.

Inspirações inusitadas em prol do sabor

Da culinária peruana à alemã, passando por memórias afetivas como o costume de comer pastel ao descer a Serra da Graciosa em direção à Morretes, os referenciais utilizados pelos chefs que assinam os 10 pratos individuais da 2ª Edição do Morretes Chef garantiram versatilidade e muita inovação às opções deste ano.

Com 42 anos de cozinha e um entendimento profundo de respeito aos agricultores que fornecem a matéria-prima, o chef Fernando Matsushita (Do Peruano Café Bistrô) priorizou o ineditismo na confecção do cardápio para o Restaurante Empório do Largo, estabelecendo uma “ponte” entre Peru e Morretes. Para dar identidade e ao mesmo tempo brincar com os nomes ele chamou a entrada de Festinha de maná-cubiu, uma criação cítrica e refrescante com esse tipo de tomate cortado em cubos, batata doce, azeitona, vagem e cebola roxa e o queijos de búfala, produzido pelo próprio restaurante. “O maná-cubiu remete à cocona, tomate da Amazônia peruana, que conheço desde a minha infância. Essa cocona morretense faz a ponte entre aqui e lá colocando um pouco de um coração dividido entre Brasil e Peru”, revela. Para o prato principal, Matsushita criou o Guiso (cozido) de banana verde com cúrcuma e ora-pro-nóbis, com tilápia na farofa morretana. Arroz com flores de hibisco, gengibre de palmito salteado. Mas é a Chalaquita de pimenta cumari, que lembra um vinagrete, que garante toda a magia do prato. “Alcaparras, cebolas roxas vão nessa Chalaquita de cumari que casa com todos os itens do prato principal, dando outra dimensão ao prato, como comer seis pratos de uma vez, sendo um”, garante.

Foi inspirado nas próprias memórias que o chef Lucas Cintra (A Ostra Bêbada) criou para o Restaurante Villa Morretes uma entrada que leva o nome Pastel da Graciosa, a base de massa de pastel, barreado, vinagrete de açaí da Juçara. “Quando pensamos em Morretes, imaginamos em descer a Serra da Graciosa, o pastel no caminho e o barreado, é o conjunto que vem em mente”, explica. “Usar toda a planta do açaí da Juçara, não só o palmito, para fazer o prato foi outra escolha em busca do aproveitamento integral dos alimentos”, defende. Já o prato principal, o Barreado de siri, leva pirão de banana da terra e farofa de camarão. “Para brincar com a troca de proteínas”, resume o chef.

A chef Gabriela Carvalho (Quintana Gastronomia) criou para o Restaurante Bistrô da Vila uma entrada, Dadinho de aipim com geleia de maná-cubiu e pimenta, para valorizar o uso da mandioca presente na região. O prato principal, Curry verde de banana da terra, pupunha, tubérculos da região e farofa de chips de banana crocante, teve como inspiração a relação que a chef percebe entre os sabores asiáticos e morretenses, além do uso de produtos que nem sempre são bem aproveitados. “Foi uma das cozinheiras que me apresentou o araçá local, perfumadíssimo e que eu desconhecia. Essa troca é valiosíssima, pois desperta um novo olhar para os ingredientes. Tanto que busquei mostrar o uso de algumas riquezas da região como o ora-pro-nóbis, que com a banana da terra dá um toque todo especial ao curry”, destaca.

O sul da Índia inspirou o chef Marcelo Amaral (Lagundri) para o Restaurante Casa do Rio, que propõe uma releitura do barreado para a entrada chamada de Barreadinho de canoa com pescado do dia no lugar da carne sobre tostones de banana da terra. O prato principal, leva o nome de Shaolin do Porto de Cima, com Camarões salteados com gengibre e molho agridoce picante de maná-cubiu.

Os chefs Giovana Smaka e Guilherme Ceschim (Biervit, Colônia Witmarsum) cumpriram o desafio de aproximar a culinária alemã da caiçara para o menu do Restaurante Casarão. O resultado é uma entrada com salada de folhas, queijo asiago (produzido na colônia), crispy de banana da terra e molho de especiarias. Já o prato principal se inspira em uma receita servida no Biervit, o Kartoffelklösse (almôndega de batata doce roxa) com toda a influência do litoral, uma vez que no lugar da carne de porco está o filé de tilápia com pele e vinagrete de maracujá.

O chef Dudu Sperandio (Ernesto Ristorante) preparou para o Restaurante da Pousada Hakuna Matata uma entrada de palmito pupunha assado com crosta crocante de banana da terra, queijo parmesão e com perfume de limão e gengibre. Para o prato principal, criou um nhoque de aipim com molho de barreado levemente picante, cubos de pupunha salteado na manteiga e chips de banana da terra.

Na visão do chef Igor Marquesini (do Restaurante Igor), que preparou o cardápio para o Restaurante Madalozo, o que mais chama atenção como símbolo de Morretes é a banana e ele teve como inspiração a bala para criar uma entrada diferente, o Patacon de banana da terra verde, prato colombiano, que lembra a batata frita. O prato principal é um peixe com pirão, farinha de Morretes e vinagrete de banana. “Pensei como uma batata frita, com uma maionese de alho fermentado por um mês para a entrada e para o prato principal também usei a banana mas em sua forma mais doce”, comenta.

Os chefs Vitor Verona e Felipe Machoski (Officina Restô Bar) elaboraram para o Restaurante Olimpo uma entrada de Ceviche de banana com beiju de tapioca. “A união dos sabores, o adocicado da banana com o gengibre, coentro, pimenta e o ácido do limão trazem toda a riqueza da Mata Atlântica ao prato. O crocante do beiju de tapioca com açafrão completa a homenagem para Morretes”, acredita Vitor. O prato principal é um peixe grelhado acompanhado de terrine de arroz e vinagrete de feijão fradinho.

A chef Renata Abreu (Palazzo Lumini) fez para o Restaurante Ponte Velha uma entrada de Croquete de Pupunha com vinagrete de Maracujá e pimenta. Já o prato principal é um cozido de raízes com camarão e ora-pró-nobis. Acompanham farofa de coração de banana e arroz. “Quis aproveitar ao máximo os ingredientes locais, produtos que a equipe da cozinha do restaurante trouxe do quintal de casa, tanto na entrada quanto no prato principal. Morretes e região são muito ricos de ingredientes”, destaca.

Para completar o leque de opções da 2ª Edição do Morretes Chef, a chef Kika Marder (Sel et Sucre) assina o cardápio do Restaurante Terra Nossa com uma entrada de ravióli de barreado ao molho de laranja e gengibre e o prato principal é uma requintada mil folhas de mandioca, com camarões grelhados em azeite de ervas, pupunha e banana da terra.

Serviço No Sofá:

2ª Edição do Morretes Chef

Quando: de 1º de agosto a 1º de setembro

Pratos: R$ 53 (Entrada+prato principal + Café Três Corações) ou R$ 106 (Prato para duas pessoas + dois cafés Três Corações)

Acompanhe o evento pela fanpage https://www.facebook.com/morreteschef/  e instagram https://www.instagram.com/morreteschef/

Informações: http://morreteschef.com.br/

Inscrições para as expedições e mais informações: https://morreteschef.insidecities.com.br/perfil

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here