MUSICAL CONTA BREVE E INTENSA TRAJETÓRIA DE CAZUZA

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    Foto: Leo Aversa/ No Sofá

Sucesso em todo o país, o espetáculo avassalador  ‘Cazuza  Pro Dia Nascer Feliz, O Musical´, desembarca pela primeira vez em Curitiba e faz curta temporada neste sábado (31 de maio) e domingo (01 de junho) no palco do Guairão”.

Agenor de Miranda Araújo Neto (1958-1990), o Cazuza, um dos maiores compositores da música brasileira, com suas letras poéticas e recheadas de crítica, falou como ninguém da juventude dos anos 1980. A trajetória da sua vida breve e muito intensa, é retratada no espetáculo avassalador “Cazuza Pro Dia Nascer Feliz, O Musical”, protagonizado por Emílio Dantas, dirigido por João Fonseca e com texto de Aloísio de Abreu, chega  pela primeira vez a  Curitiba neste final de semana para curta temporada. Com realização da Prime, as apresentações acontecem neste sábado (31 de maio) às 21h15, e no domingo (01 de junho) às 19horas no palco do Teatro Guaíra (R: Conselheiro Laurindo, s/n). 

O espetáculo reúne alguns dos maiores clássicos de Cazuza em carreira solo ou no Barão Vermelho, como “Pro Dia Nascer Feliz” e “Codinome Beija Flor”. Canções como“Bete Balanço”, “Ideologia”, “O Tempo não para”, “Exagerado”, “Brasil”, “Preciso dizer que te amo”, “Faz parte do meu show” estão presentes no roteiro, que reserva espaço também para composições de Cazuza que ele nunca chegou a gravar, como“Malandragem”, “Poema” e “Mais Feliz”.
O elenco é encabeçado pelo músico e ator Emílio Dantas, de 30 anos, que faz sua segunda incursão em musicais. Osmar Silveira, Fabiano Medeiros, Brenda Nadler, Thiago Machado, Igor Miranda, Bruno Narchi, Diego Montez , Saulo Segreto, Dezo Mota, Oscar Fabião Cazuza e Sheila Matos completam a escalação. Dando vida a nomes como  Lucinha e João Araújo , Ney Matogrosso, Bebel Gilberto, Frejat,Caetano Veloso, Dé Palmeira, entre vários outros personagens que gravitaram no universo de Cazuza.
Para a construção do texto, Aloísio de Abreu partiu das conversas com pessoas próximas a Cazuza e fez uma ampla pesquisa para acriação da estrutura dramática do espetáculo. “Apesar de frequentar os mesmos lugares, eu não conhecia o Cazuza. Entretanto, sempre tive uma profunda identificação com a obra dele, que tem um quê de crônica da nossa época, revelando de forma rasgada comportamentos típicos dos jovens que todos éramos nos anos oitenta”, explica Aloísio.
Como a vida do personagem foi curta e, ao mesmo tempo, muito intensa, o autor procurou contar a história de forma ágil, avançando sempre a partir dos momentos de virada na carreira e na vida dele: a descoberta do teatro, o gosto pelo rock, o momento em que resolve cantar, montar uma banda, se profissionalizar, o estouro, as brigas, a mudança no estilo de sua obra, o estrelato solo, a descoberta da doença, a urgência poética no fim das forças. Enfim, momentos que levam a história adiante. “As músicas se inserem quase como parte do texto. Estrutura de musical mesmo. Claro que tem momento show, mas a trajetória do Cazuza é contada através das letras e da poesia dele. Tudo no texto ‘faz parte do show’“, complementa.
A montagem dá continuidade à pesquisa desenvolvida por João Fonseca de uma cena musical brasileira mais despojada e teatral. “Este espetáculo é mais um passo do trabalho que comecei com ‘Gota d’água’ e que culminou no ‘Tim Maia’. É uma nova possibilidade de desenvolver e aperfeiçoar uma linguagem muito autoral de musical iniciada há alguns anos”. O diretor conta que os depoimentos de Lucinha Araújo foram fundamentais na estruturação cênica do espetáculo: “A partir das lembranças dela, vamos conhecendo a vida e a obra desse artista e, tal como sua obra, a peça alterna momentos exagerados e de puro rock’n’roll a mais intimistas e delicados”, finaliza.
A cenografia de Nello Marrese traz elementos fundamentais do universo de Cazuza. “Pensei num cenário poético e limpo. O espaço cênico é formado por seis praticáveis que representam palafitas. O chão, areia. É a representação do Arpoador, um dos lugares preferidos do personagem. O único elemento fixo é uma mesa que se desdobra em diversas representações: bar, o quarto onde ele compunha (sempre usando uma máquina de escrever), hospital, e por aí vai…”. Para o cenógrafo, desta neutralidade cênica partirá o jogo teatral, e completa: “Concebemos três telas onde haverá projeções não realistas que remetem às cenas e canções, brincando com a estética da época. Imaginei um grande clipe, representando de maneira lúdica e simbólica a sucessão de acontecimentos na vida do Cazuza”.
        Um amplo trabalho de pesquisa também foi essencial para a concepção musical do espetáculo. Os diretores musicais Daniel Rocha e Carlos Bauzys conceituaram a sonoridade em quatro situações: Barão Vermelho não produzido; a gravação do primeiro disco; e depois do sucesso, já consolidados. A banda solo de Cazuza também será reproduzida com fidelidade. “Adaptar a obra dele tornando-a cênica e, ao mesmo tempo empolgante e reconhecível ao público, foi nosso maior desafio. Usamos teclados programados com samplers e sintetizadores usados nas gravações do Barão. Dois guitarristas se revezam também entre violão de nylon, de aço e bandolim; além de um contrabaixo elétrico e uma bateria eletrônica programada com os timbres da década de oitenta”, define Daniel.
A escolha de Emílio Dantas para o personagem título foi imediata, segundo João Fonseca. “Trabalhei recentemente com Emílio em outro musical e o considero um talento extraordinário. Desde o começo, achava que ele era o ator ideal para o personagem, o que foi comprovado durante as audições com a aprovação unânime de toda a equipe e da família do Cazuza”. Emílio, que além de ator também é cantor – foi vocalista da banda ‘Mulher do Padre’-  foi pego de surpresa com a escolha: “Quando vi que a Lucinha estava no teste, fiquei desesperado. Não queria fazer feio na frente dela.João me mandou quatro cenas, mas só decorei duas. A saída foi incorporar a vibe do Cazuza, já entrei meio como naquela loucura dele no palco, fui sincero e falei que não tinha preparado nada. Busquei captar a essência do artista, sua postura na vida”, relata. O resultado, desde então, foi uma relação de total simbiose entre ator e personagem. “Vi muito vídeo, os bastidores, assisti a várias entrevistas, antes e depois da doença, doidão, sóbrio, prestei atenção na questão das gírias. Fui para São Paulo e voltei de carro ouvindo e cantando Cazuza, captando o jeito dele cantar, o carioquês, a língua presa… “.
O ator precisou emagrecer cinco quilos para o personagem: “Estava predisposto até a perder mais, mas chegamos ao consenso de que não seria necessário, porque há toda a fase dele saudável. Então, para representar a doença, vamos usar uma energia física mais baixa, maquiagem, luz e figurino”, finaliza.
Completando a ficha técnica, Paulo Nenem e Daniela Sanches (iluminação), Carol Lobato (figurinos) e Alex Neoral (coreografia). A banda que se apresenta ao vivo é formada por Marcelo Eduardo Farias e EvelyneGarcia(teclados), Bernardo Ramos eDaniel Rocha (guitarras), Raul D’Oliveira (baixo), Rafael Maia (bateria) eHebert Souza (programação).‘Cazuza pro dia nascer feliz, o musical’ é apresentado peloMinistério da Cultura, com patrocínio da Sulamérica, Sem Parare Mills.
E assim, uma das trajetórias mais impressionantes da música brasileira é recriada pela primeira vez nos palcos. Aliás, nada mais oportuno, num momento em que se reascende no país, como poucas vezes se viu, articulações e movimentos em torno da ética, de transparência pública, de honestidade em diversos planos, de dignidade. “Não sei quem foi o ufanista que jogou essa bandeira. É uma pessoa louca, porque o Brasil não está em condições de receber manifestações como essa. Inflação de 900%, um monte de denúncias de irregularidades, fora o assassinato do Chico Mendes. Eu estou é triste! Desiludido!”, disse Cazuza para mãe, após cuspir na bandeira pátria durante um show em 88. Hoje, 15 anos depois, “eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades…”, Cazuza estaria se perguntando: mas, afinal, cadê o Amarildo?

Serviço No Sofá:
Os ingressos estão disponíveis e variam de R$31,00 (meia-entrada) a R$226,00 (inteira), de acordo com o setor. Plateia (filas A a V) – R$226,00 (inteira) e R$116,00 (meia-entrada)/ Balcão 1 – R$186,00 (inteira) e R$96,00 (meia-entrada)/ Balcão 2 – R$56,00 (inteira) e R$31,00 (meia-entrada). A meia-entrada é para estudantes, maiores de 60 anos, professores, doadores de sangue e portadores de necessidades especiais (PNE). ****Já está incluso o valor de R$6,00 de acréscimo por bilhete referente à taxa de administração Disk Ingressos. Os ingressos podem ser adquiridos através do Disk Ingressos (Loja Palladium – de segunda a sexta, das 11hs às 23hs, aos sábados, das 10 às 22 horas, e aos domingos, das 14 às 20hs, – e quiosques instalados nos shoppings Mueller e Estação – de segunda a sábado, das 10hs às 22hs, e aos domingos, das 14hs às 20hs), Call-center Disk Ingressos (41) 33150808 (de segunda a sexta, das 9h às 22hs, e aos domingos, das 9 às 18hs), na bilheteria do teatro Guaira (de terça a sábado, das 12 às 21 horas) e também pelo site (www.ingressos.tguaira.pr.gov.br/bilheteria/vendainternet). É obrigatória a apresentação de documento previsto em lei que comprove a condição do beneficiário na compra do ingresso e na entrada do teatro.
FICHA TÉCNICA Texto de  Aloísio de Abreu
Direção Geral João Fonseca
Produção Geral Sandro Chaim
Direção Musical Daniel Rocha 
Supervisão Musical Carlos Bauzys
Preparador Vocal Felipe Habib
Coreografias    Alex Neoral
Cenário Nello Marrese
Figurino  Carol Lobato
Visagismo Juliana Mendes
Design de luz Daniela Sanches e Paulo Nenem
Design de som Gabriel D´Angelo
Apresentado pelo Ministério da Cultura
Realização: Miniatura 9, Chaim XYZ Produções
Patrocínio: Sulamérica, Sem Parar e Mills

Elenco:
Emílio Dantas ou Osmar Silveira (Cazuza)
Atores convidados: Susana Ribeiro (Lucinha Araújo), Marcelo Várzea (João Araújo), André Dias (Ezequiel Neves)
Com: Fabiano Medeiros (Ney Matogrosso), Brenda Nadler (Bebel Gilberto), Thiago Machado (Frejat), Igor Miranda (Maurício Barros), Bruno Narchi (Serginho), Diego Montez  (Guto Goffi), Saulo Segreto, (Dé Palmeira), Dezo Mota (Caetano Veloso), Oscar Fabião (Swing masculino) Cazuza e Sheila Matos (sub Lucinha e Swing feminino). 

SERVIÇO:
“Cazuza  Pro Dia Nascer Feliz, O Musical”
Quando: 31 de maio e 01 de junho de 2014 (Sábado e Domingo)Local: Teatro Guaira – Auditório Bento Munhoz da Rocha Netto (R: Conselheiro Laurindo, s/n)Horários: Sábado (31 de maio): 21h15 / Domingo (01 de junho):19h
Ingressos
Valores: variam de  R$31,00 (meia-entrada) a R$226,00 (inteira), de acordo com o setor.
– Plateia (filas A a V) – R$226,00 (inteira) e R$116,00 (meia-entrada);
– Balcão 1 – R$186,00 (inteira) e R$96,00 (meia-entrada);
– Balcão 2 – R$56,00 (inteira) e R$31,00 (meia-entrada).
***A meia-entrada é para estudantes, maiores de 60 anos, professores, doadores de sangue e portadores de necessidades especiais (PNE).
  ****Já está incluso o valor de R$6,00 de acréscimo por bilhete referente à taxa de administração Disk Ingressos.
***É obrigatória a apresentação de documento previsto em lei que comprove a condição do beneficiário na compra do ingresso e na entrada do teatro.
Forma de Pagamento: Não serão aceitos cheques, apenas dinheiro e cartões de débito e crédito Visa, Mastercard, Dinners e RedeShop. 
Pontos de Venda: Disk Ingressos (Loja Palladium – de segunda a sexta, das 11hs às 23hs, aos sábados, das 10 às 22 horas, e aos domingos, das 14 às 20hs, – e quiosques instalados nos shoppings Mueller e Estação – de segunda a sábado, das 10hs às 22hs, e aos domingos, das 14hs às 20hs), Call-center Disk Ingressos (41) 33150808 (de segunda a sexta, das 9h às 22hs, e aos domingos, das 9 às 18hs), na bilheteria do teatro (de terça a sábado, das 12 às 21 horas) e também pelo site (www.ingressos.tguaira.pr.gov.br/bilheteria/vendainternet).
Classificação etária: 14 anos
Informações p/ o público: (41) 3304-7982 / www.maisumadaprime.com.br
Realização: PRIME

                         



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