NO SOFÁ NA PLATÉIA: ESPETÁCULO FRANCÊS TERÁ SUA PRIMEIRA APRESENTAÇÃO EM PORTO ALEGRE NESTA SEXTA-FEIRA

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Crédito: Frédéric Iovino
Crédito: Frédéric Iovino
Crédito: Frédéric Iovino

Pela primeira vez no Brasil, o transgressor Lied Ballet, criado pelo coreógrafo Thomas Lebrun, aborda uma forma de dança livre, que aceita diferentes influências e abre um leque de possibilidades coreográficas. Uma dança que desafia dicotomias entre clássico e contemporâneo, preciso e abstrato, e tenta encontrar o seu próprio lugar nas entrelinhas. As apresentações no Brasil, com realização da Opus Promoções e do Ministério da Cultura, acontecem dia 5 de outubro, no Teatro Bradesco Rio (Rio de Janeiro/RJ); 7 de outubro, no Teatro do Bourbon Country (Porto Alegre/RS) e 11 de outubro, no Teatro Bradesco (São Paulo/SP). O Lied Ballet integra a Programação do FranceDanse Brasil 2016. Os ingressos estão à venda.

Confira o serviço completo abaixo.

O espetáculo, apresentado em três atos, une duas grandes referências do período romântico em roupagem atual: o Lied, palavra de origem alemã e de gênero neutro, que representa a música erudita cantada sobre poema estrófico, e o Ballet. Os temas românticos Lieder são transformados em movimento, criando uma escrita coreográfica que começa com mímica e termina em abstração. No final, tudo se conjuga em um grande coro desafiando gêneros e categorias, expressando fundamentalmente a confiança do artista no corpo dançante.

No palco são oito dançarinos que, juntos, fazem de si um legado coreográfico e musical, afirmando-se, como Thomas Lebrun descreve, “não tanto como criadores, mas como fabricantes, atores, reatores, transmissores de uma história que não podemos controlar, que nos carrega e nos alimenta”.

Em movimento

Utilizando letras de música como compasso, e de fato como a principal fonte da composição coreográfica, este novo trabalho brinca com tendências passadas, flertando com a narrativa ou com a composição formal do ballet e deslizando em direção aos temas melódicos íntimos do romantismo. Morte, amor, natureza, reflexão e solidão são todos pontos muito comuns compartilhados pelas duas formas, ainda que elas tenham seguido direções opostas – canções populares tornando-se conhecidas; espetáculos criados para a burguesia que agora podem ser vistos em anfiteatros por todos, mas que são desdenhados por artes inovadoras. Por meio de suas diferentes evoluções, a música e o ballet questionam o espaço aberto a questões sociais e tolerância em contextos culturais.

O primeiro ato, centrado na força da simplicidade gestual, guiado por versos e sonhos, e ritmado por fotos post-mortem vitorianas, marca o encontro de personagens ímpares: crianças falecidas, uma jovem, doce e pálida garota, uma burguesa solitária à beira da loucura e um poeta amaldiçoado prostrado pelo peso do mundo. Carregado pelos acordes obstinados de Chukrum, uma peça para uma orquestra de cordas de Giacinto Scelsi, este ato permite que uma pantomina pitoresca e pura se enraíze – impulsionado pela paixão interior do bailarino.

Um segundo ato, com canções de Berg, Mahler e Schoenberg, dá aos oito bailarinos tempos coreográficos precisos e apaixonados que delineiam espaços, ecoando as variações pas de deux e pas de trois, conhecidas do ballet. Com uma minuciosa relação com a música, este ato também questiona a ideia da habilidade nos tempos modernos, que talvez não seja a que imaginamos. As qualidades e singularidades dos diferentes bailarinos recebem destaque, o que para Thomas Lebrun é o mais importante.

Um terceiro ato, de refrão, escrito ao som de uma composição musical de David François Moreau, dilui e coloca novamente em foco a questão social, acelerando o ritmo, prendendo o indivíduo em um loop infinito e seguindo os passos dos mais velhos, do desconhecido, dos que já partiram e foram apagados. Ainda, nascido de nós, no entanto, no calor da ação, em uma coreografia sem escapatória. A mesma dança floresce de formas diferentes no mesmo corpo ou em outros corpos. Um ato de resistência e de aceitação das referências.

Thomas Lebrun

Bailarino para coreógrafos como Bernard Glandier, Daniel Larrieu, Christine Bastin, Christine Jouve ou Pascal Montrouge, Thomas Lebrun fundou sua companhia de dança (Companhia Illico) em 2000, após a criação do solo Cache ta joie! baseado no Région Nord – Pas de Calais, ele foi o primeiro artista associado ao Vivat d’Armentières (2002-2004) antes de se associar ao Choreographic Development Center of Dance à Lille, entre 2005 e 2011.

Thomas Lebrun também participou da criação de performances com o coreógrafo suíço Foofwa d’Imobilité (Le show / Un twomen show) e com o coreógrafo francês Cécile Loyer (Que tal!). Ele também ensina dança contemporânea e oferece um espaço importante à transmissão: os Centros Nacionais de Dança de Pantin e Lyon, na França e o Paris Conservatoire of Music and Dance.

Thomas Lebrun também cria performances para bailarinos e companhias de dança estrangeiras: o Chinese National Ballet de Liaonning, o Grupo Tapias no Brasil (um solo e um quinteto – em 2009, para o Ano da França no Brasil), um solo para a bailarina e coreógrafa lituana Loreta Juodkaité (durante a edição de 2009 do New Baltic Dance Festival – evento Vilnius and the FranceDanse Vilnius organizado pela Culturesfrance) e recentemente, na Coreia do Sul, para seis bailarinos coreanos na criação FranKorean Tale como abertura do Festival MODAFE em Seul, dentro do FranceDanse Corée, organizado pelo Instituto Francês.

Em 2010, ele foi comissionado pela 64ª edição do Festival d’Avignon e SACD com um solo chamado Parfois, le corps n’a pas de coeur (Às vezes, o corpo não possui um coração).

Em maio de 2011, Thomas Lebrun criou Six order pieces, um solo escrito em colaboração com seis artistas convidados: os coreógrafos Michèle Noiret e Bernard Glandier, a cineasta Ursula Meier, a cinegrafista Charlotte Rousseau, o designer de iluminação Jean-Marc Serre e o compositor musical Scanner. Em março de 2012, ele criou sua versão de La jeune et la mort (A Morte e a Donzela) com sete bailarinos (entre 26 e 62 anos de idade), um cantor de ópera e um quarteto de cordas ao vivo.

Desde 2012, Thomas Lebrun é o diretor do centro coreográfico Nacional de Tours.

Em junho de 2014, Thomas Lebrun recebeu o prêmio de coreografia dos Diretores do SACD (Société des auteurs chorégraphiques et dramatiques).

Convidado para a 68ª Festival d’Avignon, com o majestoso cenário de Cloître des Carmes, ele fez Lied Ballet, uma peça em três atos para oito bailarinos, um tenor, e um pianista, em julho de 2014.

Como parte dos Monumentos em Movimento iniciado pelo Centre des monuments nationaux, Thomas Lebrun fez Où chaque souffle danse nos mémoires (Onde nossas memórias dançam com cada respiração), uma coreografia primeiramente apresentada em setembro de 2015, nos castelos de Azay-le-Rideau e Châteaudun, e no Palais Jacques Coeur em Bourges. Estará em turnê para os Monumentos Nacionais até 2017.

Ele está aqui para apresentar seu novo trabalho, Avant toutes disparitions, no Théâtre National de Chaillot, em maio de 2016.

Thomas Lebrun tem sido o diretor do Centre chorégraphique national de Tours desde de janeiro de 2012.

Ficha Técnica:

Coreografia: Thomas Lebrun

Bailarinos: Maxime Camo, Anthony Cazaux, Raphaël Cottin, Anne-Emmanuelle Deroo, Anne-Sophie Lancelin, Matthieu Patarozzi, Léa Scher, Yohann Têté

Músicos: Alban Berg, Gustav Mahler, Giacinto Scelsi, Arnold Schönberg

Música da cena original: David François Moreau

Iluminação: Jean-Marc Serre

Gerente de Iluminação: Xavier Carré

Som: Mélodie Souquet

Figurinista: Jeanne Guellaff

Figurinos feitos por: Jeanne Guellaff, Sylvie Ryser

Produção: Centre Chorégraphique National de Tours

Coprodução: Festival d’Avignon, Maison de la danse de Lyon, Les Quinconces-L’espal, scène conventionnée du Mans, La Maison de la Culture de Bourges, scène nationale, Scène nationale de Besançon, La Rampe-La Ponatière scène conventionnée – Échirolles, Association Beaumarchais – SACD

Residência: Scène nationale de Cavaillon

Produzido com o apoio de Région Centre-Val de Loire e SPEDIDAM

O Centre chorégraphique national de Tours patrocinado pelo Ministério da Cultura e Comunicação – DGCA – DRAC Centre-Val de Loire, City of Tours,  Région Centre-Val de Loire, e o Conseil Départmental d’Indre-et-Loire. O Centre chorégraphique national de Tours foi patrocinado pelo l’Institut français para suas turnês internacionais.

SERVIÇO:

LIED BALLET BY THOMAS LEBRUN

Dia 5 de outubro, no Teatro Bradesco Rio (Rio de Janeiro/RJ)
Dia 7 de outubro, no Teatro do Bourbon Country (Porto Alegre/RS)
Dia 11 de outubro, no Teatro Bradesco (São Paulo/SP)

 Realização: Opus Promoções e Ministério da Cultura

Produzido com o apoio de l’Institut Français, Région Centre-Val de Loire e SPEDIDAM

Duração: 70 minutos
Classificação: Livre

ZAFFARI e TRAMONTINA apresentam LIED BALLET em Porto Alegre

PORTO ALEGRE
Dia 7 de outubro
Sexta-feira, às 21h
Teatro do Bourbon Country (Av.
Túlio de Rose, 80 / 2º
andar – Shopping Bourbon Country)
www.teatrodobourboncountry.com.br

 INGRESSOS:

Setor Inteira  Meia-Entrada  
Galeria Mezanino R$ 50,00  R$ 25,00  
Galeria Alta R$ 50,00  R$ 25,00  
Mezanino R$ 80,00  R$ 40,00  
Plateia Alta R$ 140,00 R$ 70,00  
Camarote R$ 140,00 R$ 70,00  
Plateia Baixa R$ 180,00  R$ 90,00  

– 50% de desconto para sócios do Clube do Assinante RBS – limitado a 100 ingressos;

– 50% de desconto para titulares e acompanhantes dos cartões Zaffari Card e Bourbon Card, adquiridos somente na bilheteria do Teatro do Bourbon Country – limitado a 100 ingressos;

– 50% de desconto para titulares do Cartão Alelo Cultura, na compra de um ingresso, pago com o Cartão Alelo Cultura (vale-cultura), adquirido somente na bilheteria do Teatro do Bourbon Country – limitado a 100 ingressos;

– 10% de desconto para sócios do Clube do Assinante RBS nos demais ingressos.

* Crianças até 24 meses que fiquem sentadas no colo dos pais não pagam;
** Política de venda de ingressos com desconto: as compras poderão ser realizadas nos canais de vendas oficiais físicos, mediante apresentação de documentos que comprovem a condição de beneficiário. Nas compras realizadas pelo site e/ou call center, a comprovação deverá ser feita no ato da retirada do ingresso na bilheteria e no acesso à casa de espetáculo;

*** A lei da meia-entrada mudou: agora o benefício é destinado a 40% dos ingressos disponíveis para venda por apresentação. Veja abaixo quem têm direito a meia-entrada e os tipos de comprovações oficiais no Rio Grande do Sul:
– IDOSOS (com idade igual ou superior a 60 anos) mediante apresentação de documento de identidade oficial com foto.
-ESTUDANTES mediante apresentação da Carteira de Identificação Estudantil (CIE) nacionalmente padronizada, em modelo único, emitida pela ANPG, UNE, UBES, entidades estaduais e municipais, Diretórios Centrais dos Estudantes, Centros e Diretórios Acadêmicos. Mais informações: www.documentodoestudante.com.br 
– PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E ACOMPANHANTES mediante apresentação do cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência ou de documento emitido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que ateste a aposentadoria de acordo com os critérios estabelecidos na Lei Complementar nº 142, de 8 de maio de 2013. No momento de apresentação, esses documentos deverão estar acompanhados de documento de identidade oficial com foto.
– JOVENS PERTENCENTES A FAMÍLIAS DE BAIXA RENDA (com idades entre 15 e 29 anos) mediante apresentação da Carteira de Identidade Jovem que será emitida pela Secretaria Nacional de Juventude a partir de 31 de março de 2016, acompanhada de documento de identidade oficial com foto.
– JOVENS COM ATÉ 15 ANOS mediante apresentação de documento de identidade oficial com foto.
– APOSENTADOS E/OU PENSIONISTAS DO INSS (que recebem até três salários mínimos) mediante apresentação de documento fornecido pela Federação dos Aposentados e Pensionistas do RS ou outras Associações de Classe devidamente registradas ou filiadas. Válido somente para espetáculos no Teatro do Bourbon Country e Auditório Araújo Vianna.
– DOADORES REGULARES DE SANGUE mediante apresentação de documento oficial válido, expedido pelos hemocentros e bancos de sangue. São considerados doadores regulares a mulher que se submete à coleta pelo menos duas vezes ao ano, e o homem que se submete à coleta três vezes ao ano.

****Caso os documentos necessários não sejam apresentados ou não comprovem a condição do beneficiário no momento da compra e retirada dos ingressos ou acesso ao teatro, será exigido o pagamento do complemento do valor do ingresso.

*****Descontos não cumulativos a demais promoções e/ ou descontos.

CANAIS DE VENDAS OFICIAIS (sujeito à taxa de conveniência):
Site: www.ingressorapido.com.br

Call Center: 4003-1212 (de segunda a sábado, das 9h às 22h, e domingos, das 12h às 18h)
Agência Brocker Turismo: Av. das Hortênsias, 1845 – Gramado (de segunda a sábado, das 9h às 18h30min, e feriados das 10h às 15h).
Rua Coberta, Campus II, Universidade Feevale: Novo Hamburgo (de segunda a sexta, das 13h às 21h, e sábado, das 9h às 14h). Mais informações pelo telefone 3271-1208
Bourbon Shopping Novo Hamburgo: Av. Nações Unidas, 2001 – 2º Piso / Centro de Novo Hamburgo (de segunda a sábado, das 13h às 20h).

CANAIS DE VENDAS OFICIAIS (sem taxa de conveniência):
Bilheteria do Teatro do Bourbon Country: Av. Túlio de Rose, nº 80 / 2º andar (de segunda a sábado, das 10h às 22h, e domingo e feriado, das 14h às 20h)

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